segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
VAMO-NOS VER GREGOS
Esculapio Endovelico
As medidas impostas pela troika e os troikistas a Portugal no sector da saúde e não só, são as mesmas impostas à Grécia. Em Portugal propõem cortes de 800 a 1000 milhões de euros.
Segundo um artigo publicado na revista do expresso ( 5/11/11), vamos poder viajar no tempo, como imaginou H.G. Wells. O artigo prossegue: “- Como diz o conhecido físico britânico Paul Davies, viajar no tempo para o futuro é fácil. Se viajarmos a uma velocidade próxima da luz ou permanecermos num campo gravitacional muito intenso, o tempo vai passar mais devagar do que para outras pessoas e quando voltarmos à situação normal estaremos no futuro”.
Enquanto esta máquina não está disponível viajemos para a Grécia para percebermos como está o nosso sistema de saúde daqui a 2 anos.
Na Grécia, os hospitais e o Estado já não pagam à indústria farmacêutica, tendo nos últimos anos 2007,2008 e 2009 pago com obrigações do Estado cujo valor é duvidoso.
Neste momento, neste país, as entregas de produtos de saúde foram interrompidas em numerosos estabelecimentos hospitalares que deixaram acumular as dívidas durante muito tempo. Os medicamentos anticancerosos foram os primeiros a ser suspensos, mas outros produtos mais correntes virão a seguir.
Os hospitais estão a sofrer uma reestruturação drástica. Com efeito o número de 133 estabelecimentos existentes irá passar a 83 e em 300 clínicas existentes, estão a fechar cerca de 100.
Medidas de austeridade são também impostas aos utentes dos serviços de saúde: - actualmente cinco euros são cobrados ao balcão por cada visita ao hospital, esta contribuição pode pesar no orçamento dos doentes crónicos ou dos mais idosos que já viram o montante das suas pensões diminuídos. Para agravar em 2012 as isenções das contribuições da saúde nos impostos poderão desaparecer completamente. Tudo lá como cá.
Segundo um artigo publicado na revista do expresso ( 5/11/11), vamos poder viajar no tempo, como imaginou H.G. Wells. O artigo prossegue: “- Como diz o conhecido físico britânico Paul Davies, viajar no tempo para o futuro é fácil. Se viajarmos a uma velocidade próxima da luz ou permanecermos num campo gravitacional muito intenso, o tempo vai passar mais devagar do que para outras pessoas e quando voltarmos à situação normal estaremos no futuro”.
Enquanto esta máquina não está disponível viajemos para a Grécia para percebermos como está o nosso sistema de saúde daqui a 2 anos.
Na Grécia, os hospitais e o Estado já não pagam à indústria farmacêutica, tendo nos últimos anos 2007,2008 e 2009 pago com obrigações do Estado cujo valor é duvidoso.
Neste momento, neste país, as entregas de produtos de saúde foram interrompidas em numerosos estabelecimentos hospitalares que deixaram acumular as dívidas durante muito tempo. Os medicamentos anticancerosos foram os primeiros a ser suspensos, mas outros produtos mais correntes virão a seguir.
Os hospitais estão a sofrer uma reestruturação drástica. Com efeito o número de 133 estabelecimentos existentes irá passar a 83 e em 300 clínicas existentes, estão a fechar cerca de 100.
Medidas de austeridade são também impostas aos utentes dos serviços de saúde: - actualmente cinco euros são cobrados ao balcão por cada visita ao hospital, esta contribuição pode pesar no orçamento dos doentes crónicos ou dos mais idosos que já viram o montante das suas pensões diminuídos. Para agravar em 2012 as isenções das contribuições da saúde nos impostos poderão desaparecer completamente. Tudo lá como cá.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
DINHEIRO SUJO
O DINHEIRO SUJO
São inúmeros os artigos publicados na net, científicos ou não que devem ser lidos com um olhar crítico.
Muitas publicações sobre trabalhos de investigação clínica chegam a ser cómicos e muitas vezes perguntamos se estes investigadores não têm mais nada que fazer.
Ao deparar com este artigo L'argent sale ( http://www.jim.fr/print/e-docs/) pensei que ia ler alguma investigação sobre Duarte Lima ou Dias Loureiro ou ainda como está escrito em francês sobre Sarkozy ou os paraísos fiscais.
Não, o dinheiro é mesmo sujo e pode pôr em risco a nossa saúde.
Hassan A., médico egípcio do Alto Instituto de Saúde da Universidade de Alexandria, acaba de publicar um inquérito sanitário na revista Trans R Soc Trop Med and Hyg.,2011; 105: 519-524 sobre a contaminação a partir das notas de banco.
A sua equipa analisou 202 moedas e notas em circulação, no momento do inquérito, em 2010, adquiridas quando da compra de produtos alimentares, carne, peixe ou legumes, e examinadas segundo as técnicas laboratoriais habituais utilizadas em parasitologia.
Sessenta virgula dois por cento das 103 notas e cinquenta e seis vírgula seis por cento das 99 moedas recuperadas nos vendedores em questão estavam contaminadas com um ou vários parasitas, protozoarios e helmintas.
A diferença entre as notas e as moedas não foram significativas, as notas mais contaminadas eram as de menor valor ou com o aspecto mais sujo. Parece que o dinheiro do talho era o mais contaminado.
Este estudo não foi inovador a nível mundial. Outros estudos com resultados semelhantes foram realizados em diversos países nomeadamente em África. O artigo cita o estudo de Ekejindu e col, que evidenciaram nas notas nigerianas ( seguem-se os palavrões médicos) Entamoeba histolitica (4,70%), Giardia lamblia ( 1,90%), Entamoeba coli ( 1,70%), Endolimax nana ( 1,40%), Balantidium coli ( 0,85%), Ascaris lumbricoides ( 1,75%), Tricostrongilus sp (0,85%), Anquilostoma (0,05%) Taenia spp (0,20%), e Isospora belli ( 1,20%)!
Deixo à vossa imaginação onde as pessoas passeiam as mãos antes de mexer no dinheiro!
Conclusão:
1. Voltar a fazer como mandavam as nossas avós: -” Vai lavar as mãos e não se mexe em dinheiro à mesa”
2. Com a crise iremos certamente ter menos contacto com o dinheiro. Vantagem ainda não descoberta pelo Gaspar das finanças
3. Eliminar o dinheiro sujo não é só um caso de polícia, mas também uma necessidade sanitária.
São inúmeros os artigos publicados na net, científicos ou não que devem ser lidos com um olhar crítico.
Muitas publicações sobre trabalhos de investigação clínica chegam a ser cómicos e muitas vezes perguntamos se estes investigadores não têm mais nada que fazer.
Ao deparar com este artigo L'argent sale ( http://www.jim.fr/print/e-docs/) pensei que ia ler alguma investigação sobre Duarte Lima ou Dias Loureiro ou ainda como está escrito em francês sobre Sarkozy ou os paraísos fiscais.
Não, o dinheiro é mesmo sujo e pode pôr em risco a nossa saúde.
Hassan A., médico egípcio do Alto Instituto de Saúde da Universidade de Alexandria, acaba de publicar um inquérito sanitário na revista Trans R Soc Trop Med and Hyg.,2011; 105: 519-524 sobre a contaminação a partir das notas de banco.
A sua equipa analisou 202 moedas e notas em circulação, no momento do inquérito, em 2010, adquiridas quando da compra de produtos alimentares, carne, peixe ou legumes, e examinadas segundo as técnicas laboratoriais habituais utilizadas em parasitologia.
Sessenta virgula dois por cento das 103 notas e cinquenta e seis vírgula seis por cento das 99 moedas recuperadas nos vendedores em questão estavam contaminadas com um ou vários parasitas, protozoarios e helmintas.
A diferença entre as notas e as moedas não foram significativas, as notas mais contaminadas eram as de menor valor ou com o aspecto mais sujo. Parece que o dinheiro do talho era o mais contaminado.
Este estudo não foi inovador a nível mundial. Outros estudos com resultados semelhantes foram realizados em diversos países nomeadamente em África. O artigo cita o estudo de Ekejindu e col, que evidenciaram nas notas nigerianas ( seguem-se os palavrões médicos) Entamoeba histolitica (4,70%), Giardia lamblia ( 1,90%), Entamoeba coli ( 1,70%), Endolimax nana ( 1,40%), Balantidium coli ( 0,85%), Ascaris lumbricoides ( 1,75%), Tricostrongilus sp (0,85%), Anquilostoma (0,05%) Taenia spp (0,20%), e Isospora belli ( 1,20%)!
Deixo à vossa imaginação onde as pessoas passeiam as mãos antes de mexer no dinheiro!
Conclusão:
1. Voltar a fazer como mandavam as nossas avós: -” Vai lavar as mãos e não se mexe em dinheiro à mesa”
2. Com a crise iremos certamente ter menos contacto com o dinheiro. Vantagem ainda não descoberta pelo Gaspar das finanças
3. Eliminar o dinheiro sujo não é só um caso de polícia, mas também uma necessidade sanitária.
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