LE COQ
A França, a Suécia e Portugal
são três dos países que têm em comum “o Galo” como emblema.
Em Portugal foi a partir da
loiça de Barcelos que o turismo colocou este galináceo a representar o nosso
país.
A presença do Galo na Suécia, deve -se ao facto de nas grandes
florestas existir em estado selvagem.
Na França, o “Coq” é motivo de
orgulho, sendo mesmo o símbolo da selecção nacional de futebol.
Ao simbolismo do galo, em qualquer destes países, está associado à imagem do macho altivo e guerreiro. O galináceo é
o único no meio das galinhas e sempre pronto a atacar outro macho, que se aproxime, na
defesa do seu território e do seu harém.
O nosso povo diz: - “só canta um
galo em cada galinheiro”, e este ditado é transposto para o Homem, orgulhoso da
sua crista e da sua superioridade sobre as galinhas. A galinha pelo contrário é
um animal considerado dos mais estúpidos e só serve para ser galada e pôr ovos.
Os franceses, machistas
assumidos, têm muito orgulho que o “Coq” seja o símbolo da França.
Os suíços, que não gostam dos
descendentes de Astérix, como acontece em todos os países fronteiriços nesta
Europa (des) unida, dizem: - “A França é o único país que tem como símbolo um
animal, que canta quando tem os pés metidos na merda.
Pelos vistos nós também cantamos.
Entrámos num século
em que o machismo é combatido, e o pobre galo sem forças e cansado de cantar,
se submete ao poder das galinhas.
Para ajudar à festa, os
cientistas foram chamados à colação e perguntaram-se:- porque é que o Galo
perdeu o seu pénis?
Todavia, quando se observam os
fetos do galo, estes apresentam um aparelho genital com medidas que parecem
conformes ao seu tamanho.
Para desvendar o mistério do desaparecimento
do pénis do galo, investigadores do Howard
Hughes Medical Institute revelaram o enigma desconhecido durante séculos.
O culpado é o gene Bmp-4. Ele é o responsável pela activação da apoptose ao nível do pénis emergente no decorrer da evolução das
aves. A regulação entre a proliferação das células e a sua morte é essencial
para o controlo do seu crescimento e do seu desenvolvimento. Se este equilíbrio
vai numa ou noutra direcção uma divisão celular deficiente ou um excesso de
células mortas pode seguir-se levando ao sub desenvolvimento ou à ausência de
tecidos ou órgão.
Esta descoberta poderá ser
útil para a explicação de certas malformações humanas como o micropénis ou
hipospádias.
A ciência acaba por tudo
explicar e acreditem, não foi nenhum castigo divino que se abateu sobre este
galináceo tão vaidoso.
Atenção, gauleses, se dão muita importância ao tamanho
dos seus atributos, nunca mais digam, “ fier comme un coq”.
Sem comentários:
Enviar um comentário