quarta-feira, 26 de junho de 2013

LE COQ

LE COQ


A França, a Suécia e Portugal são três dos países que têm em comum “o Galo” como emblema.
Em Portugal foi a partir da loiça de Barcelos que o turismo colocou este galináceo a representar o nosso país.
A presença do Galo na Suécia, deve -se ao facto de nas grandes florestas existir em estado selvagem.
Na França, o “Coq” é motivo de orgulho, sendo mesmo o símbolo da selecção nacional de futebol.
Ao simbolismo do galo, em qualquer destes países, está associado à imagem do macho altivo e guerreiro. O galináceo é o único no meio das galinhas e sempre pronto a atacar outro macho, que se aproxime, na defesa do seu território e do seu harém.
O nosso povo diz: - “só canta um galo em cada galinheiro”, e este ditado é transposto para o Homem, orgulhoso da sua crista e da sua superioridade sobre as galinhas. A galinha pelo contrário é um animal considerado dos mais estúpidos e só serve para ser galada e pôr ovos.
Os franceses, machistas assumidos, têm muito orgulho que o “Coq” seja o símbolo da França.
Os suíços, que não gostam dos descendentes de Astérix, como acontece em todos os países fronteiriços nesta Europa (des) unida, dizem: - “A França é o único país que tem como símbolo um animal, que canta quando tem os pés metidos na merda.
Pelos vistos nós também cantamos.

Entrámos num século em que o machismo é combatido, e o pobre galo sem forças e cansado de cantar, se submete ao poder das galinhas.
Para ajudar à festa, os cientistas foram chamados à colação e perguntaram-se:- porque é que o Galo perdeu o seu pénis?
Todavia, quando se observam os fetos do galo, estes apresentam um aparelho genital com medidas que parecem conformes ao seu tamanho.
 Para desvendar o mistério do desaparecimento do pénis do galo, investigadores do Howard Hughes Medical Institute revelaram o enigma desconhecido durante séculos.
O culpado é o gene Bmp-4. Ele é o responsável pela activação da apoptose ao nível do pénis emergente no decorrer da evolução das aves. A regulação entre a proliferação das células e a sua morte é essencial para o controlo do seu crescimento e do seu desenvolvimento. Se este equilíbrio vai numa ou noutra direcção  uma divisão celular deficiente ou um excesso de células mortas pode seguir-se levando ao sub desenvolvimento ou à ausência de tecidos ou órgão.
Esta descoberta poderá ser útil para a explicação de certas malformações humanas como o micropénis ou hipospádias.
A ciência acaba por tudo explicar e acreditem, não foi nenhum castigo divino que se abateu sobre este galináceo tão vaidoso.

Atenção, gauleses, se dão muita importância ao tamanho dos seus atributos, nunca mais digam, “ fier comme un coq”.



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