O novo Papa
Várias biografias de Francisco, soube agora que não se deve
pôr I, circulam nos media, algumas delas nada abonatórias do seu carácter.
Uma das acusações, mais recorrentes foi de que colaborou com
a ditadura argentina e chegou mesmo a denunciar padres da sua congregação, à polícia
politica argentina.
Um dos artigos, de Ernesto Carmona, El nuevo Papa colaboró com la dictadura militar argentina, começa
assim:- “ Jorge Mario Bergoglio, antigo Arcebispo de Buenos Aires, jesuíta
dedicado à docência durante muitos anos, nascido em Buenos Aires em 1936,
denunciou aos serviços de inteligência da ditadura militar, chefiada por Jorge
Rafael Videla (chefe do exercito) e Emilio Massera (chefe da marinha), os
sacerdotes jesuítas Francisco Jalics, Orlando Yorio, Luís Dourrón e Enrique
Rastellini.
Segue o documento fac-simile, retirado do livro “El
Silêncio” de Horacio Verbitsky, e difundido nas redes sociais, pelo historiador
chileno Sergio Grez.
Estas atitudes não me espantam, sabendo nós,
como actuou a hierarquia da igreja católica portuguesa, salvo raríssimas excepções,
durante a ditadura fascista e a guerra colonial.
Ao contrário da chilena os altos dignitários da igreja
argentina não se distinguiram pela defesa dos direitos humanos durante a
ditadura.
As acusações ao Padre
Francisco continuam pela voz, de Myriam Bregman, advogada de Patricia Walsh,
filha do jornalista e escritor desaparecido Rodolfo Walsh, que exigiu ao
tribunal que o citasse como testemunha, devido à denúncia feita pela catequista
Maria Elena Funes que o acusou de facilitar o sequestro dos padres jesuítas Francisco
Jalics e Orlando Yorio.
Perante esta citação, Bergoglio utilizou as suas
prerrogativas devidas à sua investidura negando-se a ir a tribunal, pelo que
obrigou este a deslocar-se à Cúria em Buenos Aires.
O Papa actual defendeu-se negando as acusações, mas declarou
que dois ou três dias depois do desaparecimento dos padres sabia que eles
estavam na Escola de Mecânica da Armada, local onde os presos eram torturados.
Coisa que ainda hoje, muitas Avós e Mães da Praça de Maio não sabem a respeito
dos seus netos e filhos, apesar de toda a busca intensa realizada.
À pergunta, como soube? Respondeu que falou com Videla e
Massera, mas muito tempo depois. Também reconheceu que quando os padres foram
libertados lhe contaram que ainda tinha ficado muita gente sequestrada na ESMA,
e este apesar de saber, não fez nada.
O que esta advogada recorda com mais pormenores foi, quando
o interrogou sobre o roubo de bebés durante a ditadura, a cara de Bergoglio.
Disse que só soube destes factos em 2000, quando toda a sociedade argentina e
mundial, conhecia a procura das Avós da Praça de Maio desde 1983.
Com esta política do silêncio, utilizada por muitas cúpulas da
Igreja Católica, não é de estranhar que sacerdotes como Christian Von Wernich,
condenados por serem autores do genocídio, do plano de tortura e do extermínio da
ditadura, não tenham sido excomungados e possam continuar a dar missa como
qualquer outro padre. O mesmo sucedeu com o padre Grassi, condenado em 15 anos
de prisão por pedofilia, e cuja expulsão a Igreja, comandada por Bergoglio seu confessor,
não mexeu um dedo.
Outra pergunta me inquieta: Será Bergoglio para a América do
Sul o que foi Karol Wojtyla para a Polónia e a Europa de Leste? Este,
evidentemente, não enfrenta a ideologia comunista que o Papa polaco enfrentou,
mas o denominado “populismo” dos países latino-americanos, provoca igual
aversão nos centros do poder económico, assim como na hierarquia católica no Vaticano
ganha pelo conservadorismo pós-concilio.
O nosso povo diz, com a sabedoria que lhe é peculiar, não há
fumo sem fogo. Será que os cardeais reunidos no conclave para eleger o Papa
desconheciam estas acusações ao Cardeal Bergoglio?
As primeiras notícias, transmitidas pelas televisões, dão-nos
conta de um Papa simples, conservador e desprendido das riquezas terrenas. Assim
seja!
Mas só o futuro nos esclarecerá, e como diz o Evangelho: “pelos
seus frutos o conhecereis”
Para quem queira aprofundar estes factos consulte o site: http://informeurbano.com.ar/NUEVAS-
REVELACIONES-SOBRE-EL-ROL-DE-BERGOGLIO-EN-LA-DICTADURA-/1561/
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