CRISE SANITÁRIA CRISE ECONÓMICA
Retomo a escrita neste blogue um mês depois de ter sido declarada, pela OMS, a pandemia de um novo coronavirus altamente contagioso que se iniciou em Whuan, na China
Em Portugal como em quase toda a Europa para fazer fase a esta pandemia foi declarado um regime de excepção obrigando a um isolamento com distanciação social.
Portanto, estamos eu a Teresa e a Luísa confinados na nossa casa de Casais de Aroeira, situada a 7km de Santarém.
Existe um consenso quase mundial para se tomarem estas medidas de confinamento com consequências desastrosas para o pequeno comercio e sobretudo para milhares de trabalhadores que já sofrem a situação de desempregados. Contrariando este consenso quase mundial e atacando as decisões da OMS estão os Presidentes dos Estados Unidos da América e do Brasil- Donald Trump e Jair Bolsonaro.
Vou postar aqui o comunicado que a Associação Médica pelo Direito à Saúde enviou para a imprensa.
COMUNICADO
A Associação de
Médicos pelo Direito à Saúde (AMPDS) condena publicamente o Presidente dos
Estados Unidos da América, Donald Trump, por suspender a contribuição do país à
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao mesmo tempo
apoia a posição do secretário-geral das Nações Unidas, da União
Europeia, da União Africana e de diversas nações entre as quais Portugal que
consideram não ser o momento para fragilizar a organização.
No
momento em que existem mais de dois milhões de casos confirmados no mundo e 133
mil mortes, em 193 países e territórios, Donald Trump
acusa a China de “má gestão e ocultação da disseminação” da pandemia do
COVID-19 e ordena “a suspensão, por um período entre
60 a 90 dias, do financiamento para a Organização Mundial da
Saúde enquanto estiver a ser conduzido um estudo para examinar o papel da OMS
na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus".
Neste
momento os EUA são o país que regista o maior número de mortos por COVID-19,
estimado em quase 26 mil mortes, dos mais de 600 mil casos confirmados, 2.200
das quais nas últimas 24 horas, apesar do presidente norte-americano ter
minimizado desde o princípio as consequências da pandemia.
O director da
revista médica The Lancet, o médico britânico Richard Horton, classifica
a decisão de Trump como “um crime contra
a humanidade” e “uma traição atroz contra a solidariedade global”.
Richard Horton
afirma que “todos os cientistas, todos os trabalhadores
da área da saúde, todos os cidadãos devem resistir e rebelar-se contra esta
traição atroz contra a solidariedade global.”
Deste modo, a
AMPDS junta-se a todos os que condena a atitude do presidente dos Estados
Unidos que considera um crime humanitário.
O presidente da AMPDS
Jaime Teixeira Mendes
Lisboa, 16 de Abril de
2020
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