terça-feira, 24 de julho de 2012

HOMEM VENCENDO A MORTE- ESTATUA EM CHICAGO


EU LI PARA TI

Não morrer ou não ser sujeito à morte tem sido objeto de fascínio pela humanidade, pelo menos desde o início da História. A Epopeia de Gilgamesh, uma das primeiras obras literárias, que remonta a meados do século XXII a.C., é essencialmente a busca de um herói pela imortalidade.  
O investigador Kenneth Hayworth quer tornar este sonho realidade e afirma que está ao alcance da ciência.
Este brilhante engenheiro em neurociências, juntamente com outros, reunidos numa corrente chamada o “ transumanismo”,está convencido que a ciência e a tecnologia permitirão um dia ultrapassar os limites físicos e mentais da condição humana na morte.

O cérebro para os transumanistas é uma máquina complexa, mas que poderá finalmente ser reproduzida no futuro pela informática. Estão também convencidos que o conectoma (palavrão que inventaram para definir de maneira esquemática o mapeamento de todas as conexões dos neurónios e sinapses) contém a consciência humana.
Mesmo com estes princípios parece longínqua a meta da imortalidade.
É preciso chegar a um conhecimento completo do conectoma, para poder reproduzi-lo artificialmente. Mesmo assim, para fazer reviver um cérebro, é ainda necessário que este esteja perfeitamente conservado. É aqui que intervém o génio e a loucura de Kenneth. O génio porque este investigador americano conseguiu descobrir um processo químico de conservação do cérebro à escala do nanómetro cuja eficácia nos ratinhos é impressionante. A ele se deve “ uma técnica automatizada de corte do cérebro com a ajuda de um micrótomo” descrita no site Futura Santé, técnica que lhe valeu ser notado por numerosas equipas científicas nos Estados Unidos.
A loucura está evidenciada nas suas declarações à revista The Chronicle, em que afirma contribuir com o seu próprio cérebro. Encara com efeito um suicídio assistido para que o seu cérebro ainda jovem e em perfeito funcionamento possam ser utilizado para experiências de ressuscitação. A ideia não é bem acolhida pela comunidade científica não só porque levanta problemas éticos mas também porque os pressupostos nos quais se baseia estão longe de ser aceites por todos.
 



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