HOMEM VENCENDO A MORTE- ESTATUA EM CHICAGO
EU LI PARA TI
Não morrer ou não ser sujeito à morte tem sido objeto de
fascínio pela humanidade, pelo menos desde o início da História. A Epopeia de
Gilgamesh, uma das primeiras obras literárias, que remonta a meados do século
XXII a.C., é essencialmente a busca de um herói pela imortalidade.
O investigador Kenneth Hayworth quer tornar este sonho
realidade e afirma que está ao alcance da ciência.
Este brilhante engenheiro em neurociências, juntamente com
outros, reunidos numa corrente chamada o “ transumanismo”,está convencido que a
ciência e a tecnologia permitirão um dia ultrapassar os limites físicos e
mentais da condição humana na morte.
O cérebro para os transumanistas é uma máquina complexa, mas
que poderá finalmente ser reproduzida no futuro pela informática. Estão também
convencidos que o conectoma (palavrão que inventaram para definir de maneira
esquemática o mapeamento de todas as conexões dos neurónios e sinapses) contém
a consciência humana.
Mesmo com estes princípios parece longínqua a meta da
imortalidade.
É preciso chegar a um conhecimento completo do conectoma,
para poder reproduzi-lo artificialmente. Mesmo assim, para fazer reviver um
cérebro, é ainda necessário que este esteja perfeitamente conservado. É aqui
que intervém o génio e a loucura de Kenneth. O génio porque este investigador
americano conseguiu descobrir um processo químico de conservação do cérebro à
escala do nanómetro cuja eficácia nos ratinhos é impressionante. A ele se deve
“ uma técnica automatizada de corte do cérebro com a ajuda de um micrótomo”
descrita no site Futura Santé, técnica que lhe valeu ser notado por numerosas
equipas científicas nos Estados Unidos.
A loucura está evidenciada nas suas declarações à revista The Chronicle, em que afirma contribuir
com o seu próprio cérebro. Encara com efeito um suicídio assistido para que o seu
cérebro ainda jovem e em perfeito funcionamento possam ser utilizado para
experiências de ressuscitação. A ideia não é bem acolhida pela comunidade
científica não só porque levanta problemas éticos mas também porque os
pressupostos nos quais se baseia estão longe de ser aceites por todos.
Se quiser ler mais: http://www.slate.fr/59431/ken-hayworth-cerveau-immortalite
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