segunda-feira, 25 de junho de 2012

RETROCESSO?

RETROCESSO?


A Comissão do Ramo de Saúde Pública dirige-se a sua Majestade com um relatório, após ter ouvido os médicos que se reuniram em conferência na cidade de Coimbra. ( pg 35 A Crise do Antigo Regime e as Cortes Constituintes de 1821 – 1822; A Saúde Pública No Vintismo de Luísa Tiago de Oliveira) em que um dos pontos fundamentais de grande preocupação era o futuro dos “ expostos” ou seja as crianças colocadas nas rodas. Esta prática era comum em toda a Europa, diz-se que todos aqueles que têm o nome de Esposito, em Itália são descendentes de crianças da roda que sobreviveram. Em Portugal, mas sem grande compromisso parece que são os que tem no nome de família “dos Santos”.
A preocupação das autoridades sanitárias devia-se ao facto da perda de nove décimos dos entrados na roda. A maioria morria de infeções, sendo as aftas as mais comuns, o que demonstrava a falta de higiene. Aconselhava-se a que as “casas dos expostos” fossem nos subúrbios e que tivessem grande quintal, onde se pudessem ter cabras em abundância, para haver constantemente leite fresco, e usarem-se em vez de mamadeiras de vidro, da mama artificial a que os franceses chamam – biberon- e isto para aquelas crianças que se não ajeitarem a mamar nas próprias cabras” ( pg 36, 37 do livro acima citado). Parece que as cabras quando ouvem um bebé chorar com fome colocam-se em posição de lhes dar de mamar.

Tudo isto a propósito da abertura em Davos, na Suíça de caixas de bebé onde as mães podem deixar os seus filhos como no seculo XIX. Curioso ser na cidade onde normalmente se reúnem os mais ricos do mundo.  

Foi, efetivamente, no dia 23 de Fevereiro de 2012, que um dispositivo de recolha de bebés indesejados acabou de ser inaugurado no Hospital de Davos.
Esta foi a segunda na Suíça a seguir a Einsieden a funcionar desde 2011. Estas caixas têm o beneplácito da “Aide suisse pour la mère et l’enfant”. Segundo os promotores desta iniciativa é para evitar os infanticídios ou o abandono dos recém-nascidos.

As caixas são transparentes, aquecidas a 37º e fechadas. O bebé está em completa segurança no seu interior, e é imediatamente recolhido por uma equipa médica, depois entregue a uma família de acolhimento, e pode ser adotado nos primeiros dois anos. Os pais biológicos podem sempre recuperar o seu filho, mas somente antes de ser adotado.

Caixas como esta existem na Alemanha (80), República Checa (40), Áustria, Hungria, Eslováquia, Bélgica e Itália.




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