quarta-feira, 7 de julho de 2010

AS VUVUZELAS

AS VUVUZELAS




(A pesquiza na Internet passando pela minha filtragem, ou direi mesmo censura)

O barulho ensurdecedor das vuvuzelas e omnipresente no campeonato do mundo de futebol ficou famoso em todo o Mundo.

Apesar das queixas de teleespectadores de toda a parte, de jugadores que disputam o Mundial em risco de se desconcentrarem como aconteceu ao Cristiano Ronaldo, a especialistas em audição que afirmaram o perigo para a saúde pública dos 127 decibéis que atingem tais instrumentos, nenhum responsável ligou nehuma.

Este barulho é maior que o de uma motoserra (100 decibeis), de uma corneta inglesa e do que o apito de um árbito.

A importância deste instrumento é de tal ordem que em vez de o proibirem na medida sensata de prevenção dos danos auditivos causados em todo o Mundo, criando uma epidemia maior que a da gripe A, um cientista de nome Cheryl van der Merwe, afirma que existem meios de diminuir o impacto da vuvuzela e cito: “- Há vários dispositivos de proteção auditiva, de plugues de espuma a faixas abafadoras de som, que podem ajudar a proteger os fãs”.

Os próximos jogos que passarem na televisão não me telefonem porque estarei munido de plugues de espuma.

Fiquei a saber que a origem da vuvuzela é muito antiga. Ela é originária de tribos ancestrais sul-africanas, tradicionalmente feita com o corno da pala-pala, pelo que é conhecida no sul de Moçambique como xipalapala[3], e servia para convocar reuniões.

Aqui deixo a sugestão para aqueles Partidos e Associações em que poucos comparecem às reuniões marcadas.

Parece que este instrumento já existia no Brasil e chamam-lhe corneta, o que levou um empresário Sul Africano a exigir que lhe mudem o nome. Francamente isto é mesmo dos nossos irmãos além-mar, chamar corneta às vuvuzelas! Parece que em São Paulo a coisa está preta com os direitos da marca. Felizmente que a Galp não se lembrou de chamar à vuvuzela, gaita-de-foles ou pífaro se não tinha a Masincedane Sport à perna

Mais de 90 por cento das buzinas vendidas, em todo o Mundo, foram fabricadas na China, as da Galp serão também chinesas?

O fabricante de plástico chinês Wu Yijun, conheceu este instrumento, numa foto na Internet que mostrava um grupo de africanos a tocar trombetas de bambu para espantar babuínos.

Este homem viu chegar o que ele acreditou ser a sua grande oportunidade, quando soube que a África do Sul tinha sido escolhida como anfitriã do Campeonato do Mundo de Futebol.

Segundo o articulista a China já exportou 50 milhões de unidades desde que começou as suas vendas.

Porém o nosso amigo Wu não teve tantos lucros como tinha imaginado, primeiro porque a sua capacidade de produção não foi suficiente para atingir os 10 milhões de unidades, e depois devido aos reembolsos fiscais para os exportadores, quem quiser saber mais leia o artigo em castelhano.

O que mais me interessa, é que Wu enfrentou um panorama relativamente novo no mundo do trabalho chinês a escassez de mão-de-obra, tendo de aumentar ligeiramente os salários.

Mas Wu está com dificuldade para contratar novos empregados para o trabalho que muitos vêm como muito duro e mal pago.

As condições destas fábricas são desumanas, as máquinas de injecção de plástico para fazer Vuvuzelas, chegam a produzir com frequência 100 graus centígrados.

Os trabalhadores chineses, nascidos nos anos 80/90, já não aceitam estas condições, consideram que os ganhos não correspondem ao trabalho que executam.

O movimento grevista que a China enfrenta, contra as condições de trabalho e os baixos salários, a exemplo dos trabalhadores de pequenas fábricas fornecedoras de peças para as grandes empresas Japonesas da Honda e Toyota e que se tem alastrado por toda a costa do país, é um bom sinal para todos os trabalhadores do Mundo.

Nalguns casos os trabalhadores conseguiram aumentos de dois dígitos.

O fim da mão-de-obra barata na China significará um longo e duro período para os fabricantes nacionais, a reestruturação do tecido industrial não é fácil de conseguir.

Quando Alan Greenspan, ex presidente da Reserva Federal Americana, elogiou os salários baixos, na China, como solução para manter os preços baixos e competitivos dos produtos, estava a colocar um peso para os trabalhadores de todo o Mundo.

O aumento dos níveis de vida na China deverá reforçar as perspectivas de uma mudança interna progressista. Estas greves são tão boas para a China como para o resto do Mundo

Quem quiser saber mais sobre o assunto, leia o excelente artigo a Vuvuzela de Alvaro Cuadra na Argenpress.info

http://www.argenpress.info/2010/06/vuvuzela.html

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