sábado, 30 de junho de 2012

INDIA MEU PARAGUAI.

El Paraguay arrasado

Este poema resume tudo o que se está a passar neste país da América do Sul.
Desde os jesuítas que "Conservavam o Paraguai em cárcere privado; escravizavam e exploravam os índios, para fruir de toda a riqueza. ....Proibiam o uso do espanhol, e aprendiam o guarani, para que só eles pudessem entender-se com os índios.Governavam esse povo sequestrado com uma autoridade religiosa"in História de Portugal de Oliveira Martins, os colonizadores espanhóis e  os 35 anos de  ditadura militar de Stroessner , a eleição de Fernando Lugo, foi uma esperança para os descendentes destes índios.
O Paraguai é um país que não sofreu a industrialisação, mas com grande riqueza nos campos, sobretudo em soja. Grandes latifundiários brasileiros e outros e a multinacional de trans génicos Montana, não viu com bom olhos a decisão do Presidente destribuir terras aos camponeses. Para onde iria a produção da soja transgénica? Aproveitando um confronto, com mortos, entre camponeses e policia, conseguem que o Tribunal, em 48 horas, demita o Presidente eleito e coloque à frente dos destinos do país o vicepresidente, homem de confiança dos agrários. Parece que o Banco Espirito Santo também explora terras neste país.

O MEU TIO


O MEU TIO


Hoje, 29 de Junho, faria anos o meu tio Lino Teixeira.
Engenheiro silvicultor, esteve muitos anos como diretor dos serviços florestais de Arganil. A sua passagem por lá e por esta vida deixou marca nem sempre relembrada. Assim, aconteceu a tantos homens que tornaram este país melhor, mas que a sua isenção, liberdade de espirito e simplicidade não obtiveram grandes honras e regalias.
Uma pesquisa no google (engº silvicultor Lino Teixeira) resultou:
1.               Um largo em Arganil com o seu nome.
2.               Uma referência nos egrégios sobralgordenses :- “Engenheiro Lino Teixeira, Director Geral dos Serviços Florestais. Homem determinado, dinâmico. A sua ação é vital no alargamento e correção e melhoria do caminho vicinal que unia Sobral Gordo e Pomares, na projeção e execução da Estrada Florestal. A sua determinação, as dificuldades que enfrenta, os altos serviços que presta a Sobral Gordo, são laureados em Assembleia Geral Extraordinária, a 3 de Julho de 1960. É justa a sua eleição como sócio honorário. Como é, o entusiasmo, o calor, a estrondosa salva de palmas que, na ocasião, a Assembleia lhe tributa. De pé. Por mérito próprio.”
3.               Uma referência a um artigo na Seara Nova, da autoria do engenheiro silvicultor Victor Louro, numa crítica ao livro de António Bica, “Baldios, quadro histórico e legal”. A páginas tantas diz:- «...”entrada dos Serviços Florestais nos baldios “criou “ o oásis no deserto”, só mais tarde se dando conta “das violências e injustiças praticadas”, que veio a denunciar em “ Quando os lobos uivam”. Não deixa o Autor de referir a existência de casos de bom relacionamento, como o personificado pelo saudoso engº silvicultor Lino Teixeira na serra de Arganil...”

Deve existir muito mais, o engº Lino Teixeira depois do 25 de Abril administrou os serviços de Sintra e Mafra, escreveu vários artigos em jornais e teve uma ação politica sempre nos movimentos de esquerda. Nos últimos anos, antes de se aposentar, esteve na direção dos serviços florestais em Coimbra. Cidade onde veio a falecer.
Mas para mim o tio Lininho, como o chamávamos, era muito mais. Eram tardes e noites a ouvir histórias da serra e outras que nos faziam rir até às lagrimas, quando passávamos férias em Arganil ou ele vinha a Lisboa. As estórias do meu tio, muitas talvez efabuladas, onde nunca sabíamos onde acabava a realidade e começava a fantasia, ainda são contadas às novas gerações.
As suas aventuras eram sempre narradas com muito humor e acabavam sempre numa grande gargalhada. Uma das suas histórias era exatamente, sobre a data do seu nascimento. Tinha nascido no Porto, na noite de S Pedro, mas só o registaram no dia seguinte ou seja no dia 29 de Junho por isso dizia sempre que desconhecia a data do seu aniversário. A sua mãe, a avó JúJú, ao ouvir isto, fazia um esgar, virava a cara e ficava calada. Nunca soubemos se era verdade.
Ele amava a serra e a floresta que ajudou a preservar, combatendo todos os anos os incêndios que todos os verões teimam em destruí-la. Conseguia dominar o fogo com o auxílio dos guardas florestais, como tantas vezes o vi fazer, antes que lóbis instalados entregassem desgraçadamente esta função às corporações de bombeiros.
Tinha o dom da palavra e da escrita, ainda hoje deve estar num parque de Arganil um poema que escreveu à Floresta.
Fica aqui a promessa de publicar alguns dos seus pequenos contos que a Anita, sua filha, colocou no facebook.




segunda-feira, 25 de junho de 2012

RETROCESSO?

RETROCESSO?


A Comissão do Ramo de Saúde Pública dirige-se a sua Majestade com um relatório, após ter ouvido os médicos que se reuniram em conferência na cidade de Coimbra. ( pg 35 A Crise do Antigo Regime e as Cortes Constituintes de 1821 – 1822; A Saúde Pública No Vintismo de Luísa Tiago de Oliveira) em que um dos pontos fundamentais de grande preocupação era o futuro dos “ expostos” ou seja as crianças colocadas nas rodas. Esta prática era comum em toda a Europa, diz-se que todos aqueles que têm o nome de Esposito, em Itália são descendentes de crianças da roda que sobreviveram. Em Portugal, mas sem grande compromisso parece que são os que tem no nome de família “dos Santos”.
A preocupação das autoridades sanitárias devia-se ao facto da perda de nove décimos dos entrados na roda. A maioria morria de infeções, sendo as aftas as mais comuns, o que demonstrava a falta de higiene. Aconselhava-se a que as “casas dos expostos” fossem nos subúrbios e que tivessem grande quintal, onde se pudessem ter cabras em abundância, para haver constantemente leite fresco, e usarem-se em vez de mamadeiras de vidro, da mama artificial a que os franceses chamam – biberon- e isto para aquelas crianças que se não ajeitarem a mamar nas próprias cabras” ( pg 36, 37 do livro acima citado). Parece que as cabras quando ouvem um bebé chorar com fome colocam-se em posição de lhes dar de mamar.

Tudo isto a propósito da abertura em Davos, na Suíça de caixas de bebé onde as mães podem deixar os seus filhos como no seculo XIX. Curioso ser na cidade onde normalmente se reúnem os mais ricos do mundo.  

Foi, efetivamente, no dia 23 de Fevereiro de 2012, que um dispositivo de recolha de bebés indesejados acabou de ser inaugurado no Hospital de Davos.
Esta foi a segunda na Suíça a seguir a Einsieden a funcionar desde 2011. Estas caixas têm o beneplácito da “Aide suisse pour la mère et l’enfant”. Segundo os promotores desta iniciativa é para evitar os infanticídios ou o abandono dos recém-nascidos.

As caixas são transparentes, aquecidas a 37º e fechadas. O bebé está em completa segurança no seu interior, e é imediatamente recolhido por uma equipa médica, depois entregue a uma família de acolhimento, e pode ser adotado nos primeiros dois anos. Os pais biológicos podem sempre recuperar o seu filho, mas somente antes de ser adotado.

Caixas como esta existem na Alemanha (80), República Checa (40), Áustria, Hungria, Eslováquia, Bélgica e Itália.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Os Suiços I

A Suíça usa com muita frequência o referêndum, a maioria das vezes, a nível local ou cantonal. Esta forma de democracia é criticada por uns e apoiada por outros. É o único país europeu que usa, em certos cantões, uma forma de democracia directa a Landsgemeinde*, que consiste em reunir a população na maior praça da vila e votarem os assuntos de braço no ar, como no tempo de Guilherme Tell.
Mas por vezes, dão-se situações no mínimo caricatas.
Nos idos anos 60/70 estava prevista a construção de uma enorme autoestrada que ligava a Suécia à Sicília, para facilitar o transporte de mercadorias. Mas eis senão quando, um pequeno cantão no meio da Suíça ,onde estava previsto passar a dita autoestrada, resolveu pôr a questão em referendo aos seus cidadãos. O voto foi contrário à passagem da rodovia o que obrigou a desviar o traçado para outro cantão, onde se conseguiu convencer a população de que a interrupção da autoestrada prejudicava mais as povoações que a sua continuidade. Já se imaginava os enormes camiões tires a atravessar as pequenas aldeias isoladas nos vales verdejantes no meio dos Alpes, poluindo aquelas cartas postais e perturbando a vida quotidiana dos camponeses.
No dia 17 de Junho deste ano, um referendo sobre um assunto melindroso:-“ o suicídio assistido”, foi  à votação no cantão de Vaud. Lausanne a cidade que me acolheu no meu exílio (1965 – 1974), é a capital deste cantão, maioritariamente protestante.
As já célebres associações Dignitas e Exit que organizam o suicídio assistido, lançaram uma iniciativa referendária visando alargar o campo de ação das organizações que praticam o suicídio assistido nos lares de idosos. O texto da iniciativa proposto por Exit pecava pela sua grande simplicidade o que conduziria fatalmente a uma banalização. Entre as falhas do texto proposto, apontadas pelo ministro da saúde vaudois figurava a ausência total de referência às instituições de cuidados médicos capacitadas para este procedimento.

terça-feira, 19 de junho de 2012

BONS DIAS

BONS DIAS

Esta saudação era muito habitual em Portugal, dávamos os bons dias para mostrar àqueles com quem nos cruzávamos que vínhamos em Paz.
O erguer das grandes cidades com os seus dormitórios e os arranha-céus, fez com que se perdesse este hábito salutar. 
Os citadinos, muitas vezes, gabam-se de não conhecer os seus vizinhos e de não lhes “darem confiança”, por isso não cumprimentam nem respondem à saudação.
Assim, este hábito ficou limitado às aldeias e às pequenas vilas do país. Aqui a saudação dá-se aos vizinhos e também aos caminhantes, como antigamente.  
Quando passava as férias na Maia, terra natal do meu pai, era hábito dar-se os bons dias, passávamos na estrada e as pessoas diziam: - “ Bons dias Senhor Doutor e companhia”. A primeira saudação era dirigida ao meu pai, a que os mais velhos chamavam “ o menino doutor”, e a companhia era a minha mãe, os meus irmãos e eu. 
Hoje, quando vou à Maia que se tornou uma cidade, ninguém dá os bons dias, perdeu-se esse hábito. 
Em Lausanne, na Suíça, onde estive exilado, também era hábito dar bonjour, quando entrávamos numa sala ou chegávamos ao local de trabalho, mas não tão frequentemente como nas nossas aldeias. 
Em 1972, passei as férias de Verão, a acampar no camping do Catapum, El Rompido, Cartaya, na província de Andaluzia. O campismo é uma maneira de gozar férias que proporciona esta saudação e arranjar amizades. 
Os nossos vizinhos de tenda eram dois casais que viviam em Sevilha e todos andaluzes. Aproximámo-nos e o convívio estabeleceu-se, pescávamos juntos, trocávamos receitas culinárias, etc…. Foi nestas férias que a Teresa aprendeu a fazer o celebre gaspacho andaluz. 
Isto tudo para dizer que na Andaluzia, quando uma pessoa saúda com muita frequência, costumavam dizer: “ Es más cumplimentador que un português”. 
Comentando com o meu filho esta situação, que infelizmente acontece com muita frequência, ele lembrou o quanto fica revoltado quando entra numa sala ou num elevador e dá os bons dias e o silêncio completo se instala... 
O meu pai, já no avançado da idade em que se vai perdendo a paciência, costumava retorquir:- “eu dei-lhe os bons dias e isto é de graça”. Mas a maioria não respondia porque não atingia a mensagem. 
No Hospital de Santa Maria, onde trabalhei cerca de trinta anos, esta situação também era muito frequente, mesmo entre médicos. Lembro-me que o Dr. Pita Gróz costumava dizer: “ Bons dias gente honesta, os outros podem ficar calados”. Mesmo assim havia muitos que ficavam calados. Vá se lá saber porquê? 
Aqueles que usam chapéu ao fazer a saudação, levantam também levemente este da cabeça acompanhado de um movimento da mão. 
Li, outro dia, que este hábito vem dos tempos da Idade Média. Assim, os cavaleiros quando se aproximavam de alguém ou de um povoado, retiravam o elmo da cabeça como sinal de que vinham por bem. 
Portanto, quando te saudarem com os bons dias, ou o gesto de tirar o chapéu é um sinal de paz e por isso deves responder se também vens em Paz.





segunda-feira, 18 de junho de 2012

Doença Profissional

Muitas investigações têm sido relatadas em que relacionam certas doenças com aquilo que comemos (dioxinas, aspartame), bebemos ( bisfenol-A) libertado pelos plásticos, ainda recentemente foram retirados os biberões que o continham considerados perigosos para os recém-nascidos e respiramos ( dióxido de carbono) libertado pelos escapes de automóveis.

Outros investigadores contestam porém estas afirmações, com o aplauso das várias industrias.
Mas, como dizem os franceses, petit à petit l'oiseau fait son nid, e recentemente em França foram revistas os quadros das doenças profissionais, reconhecendo a doença de Parkinson provocada pelos pesticidas como doença profissional.
O decreto designa por pesticidas o conjunto dos " produtos de uso agrícola e produtos destinados à manutenção de espaços verdes" como os biocidas e os anti parasitários usados nos animais.

Na lista que indica os trabalhos susceptiveis de provocar a doença figuram a manipulação dos pesticidas por contacto ou por inalação.

O decreto introduz igualmente outras modificações: - dermatites irritativas pelo formaldeido e os seus polímeros ( reconhecida em Portugal) e entre as doenças cancerígenas provocadas por tóxicos acrescentou-se o carcinoma da nasofaringe.

Para quando a introdução desta doença de Parkinson na lista das doenças profissionais também em Portugal.

FOTO

http://afoto1963.blogspot.pt/2012_06_01_archive.html

Vejam neste blogue mais   fotografias e noticias nos jornais do lançamento do livro a FOTO

terça-feira, 12 de junho de 2012

O CAMINHO DE SALOMÃO

O CAMINHO DE SALOMÃO

Ontem, dia 11 de Junho, foi finalmente o lançamento do livro a FOTO/ E o Reencontro Meio Século Depois, no salão nobre da Reitoria da Universidade Clássica.
Foi assim coroado de êxito o esforço de cerca de dois anos de trabalho dos 8 autores que aderiram a este projecto. Na mesa além dos autores, estavam também o Editor, o Reitor da Universidade, Prof. Doutor Sampaio da Nóvoa e o Dr. Jorge Sampaio.



O Salão Nobre encontrava-se completamente cheio com gemte a assistir de pé aos vários discursos, do editor, do reitor, do Jorge Sampaio e do Raimundo





.Depois da intervenção musical de Carlos Mendes, que cantou "O menino do bairro negro" do Zeca e três grandes êxitos do seu repertório: - Alcácer, As ruas da minha cidade e Amélia





O Dr Baptista da editora Âncora e eu

A Teresa na sessão de autografos.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

EUROPEU DE FUTEBOL

EUROPEU DE FUTEBOL
O campeonato da Europa de Futebol vai começar. A Ucrânia fez parte da ex URSS e com desmantelamento desta, apresenta indicadores de saúde preocupantes Apesar de ter havido alguma recuperação depois do fim da União Soviética, em 1991 a mortalidade infantil abaixo dos cinco anos, que era de 18,1 por mil nascidos,  atinge, em 2009, 15 mortos por mil.
Actualmente existe neste e noutros países europeus uma epidemia de sarampo, doença que não vejo em Portugal desde 1993, ano do último surto epidémico.
Espantosamente, a França tem sido atingida com esta epidemia e mostra números preocupantes. Um relaxamento da vacinação contra o sarampo, devido à inconsciência do perigo desta doença e ao mesmo tempo de um sentimento de desconfiança crescente nas vacinas, por parte da população, conduziu a um ressurgimento inquietante da doença nos últimos três anos.
A desconfiança, surgiu devido à popularização, via internet, de comentários de falsos médicos sobre supostos malefícios das vacinas na infância, alguns deles fazendo falsas relações entre vacinas e casos de autismo.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e a única prevenção é a vacina.
Segundo o Jornal Internacional de Medecina (JIM Fr) em França, em 2008, apareceram apenas algumas dezenas de casos e desde esta data até hoje foram registados mais de 22 000 novos doentes. Sucederam-se três vagas de epidemias sendo a de 2011 a mais importante e grave. Assim, 14 966 casos de sarampo foram notificados, só no ano de 2011, dos quais 16 tiveram uma complicação neurológica, 714 uma pneumopatia grave e seis faleceram, segundo dados recentes de l’institut national de veille sanitaire.
O relançamento da vacinação, sobretudo nos adolescentes e jovens adultos ( 15 a 30 anos) com a administração de duas doses da vacina, pelas autoridades sanitárias traduziu-se numa melhoria da situação que não deve justificar um abrandamento da vigilância.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

CURIOSIDADES

Vou iniciar a publicação de varias fotografias pintadas à mão retiradas de um livro de Mr Coleman, "TYPICAL PICTURES OF INDIAN NATIVES" cuja 5ª edição, em Bombaim e Londres data de 1899.
Estas figuras o Mahrat Brahman, Brahman Lady, o Encantador de Serpentes e o Parsee mostram figuras que representam as castas existentes na Índia e nomeadamente em Bombaim.

Na Introdução o autor refere que os ingleses estão agora familiarizados com o nome "caste" entre os hindus. Não é uma palavra indiana, mas sim adaptada do português casta.

PROMETO POSTAR MAIS FOTOS DOS INDIAN NATIVES

segunda-feira, 4 de junho de 2012




O que dá a destruição dos SNS.


O Serviço Nacional de Saúde Britânico, o celebre NHS, está destruído e os seus coveiros foram os governos conservadores e neoliberais de Margaret Thatcher e Tony Blair. Hoje os britânicos têm pior assistência médica e as listas de espera para cirurgias são cada vez maiores, recorrendo muitas vezes a contratos com países como Malta ou a Índia.

Assim, não surpreende a noticia veiculada pela RIA NOVOSTI que a Associação dos Médicos Britânicos convocou uma greve geral para dia 21 de Junho, como protesto contra a reforma do sistema de pensões do sector público que propõem aumentar a idade da reforma para os 68 anos e aumentar as contribuições para a segurança social.

A greve só não afectará os serviços de ambulância e de obstetrícia.

O nosso governo e em particular o Ministro da Saúde com as ultimas medidas tomadas da contratação de médicos para o serviço público, a destruição das carreiras,  está a empurrar os clínicos portugueses para situações semelhantes.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

RACISMO


O racismo, o não admitir o direito à diferença, é dos sentimentos mais baixos do homem.
Contudo, apesar de muitas vezes inconfesso, ele está latente em todos os povos, mesmo os tidos por mais tolerantes.
Desde que conhecemos a história da humanidade, com a deslocação dos povos nómadas, a primeira reação daqueles que habitavam o território era a desconfiança e o medo, o que quase sempre originava confrontos e guerras. Claro que o racismo tem uma forte componente económica e quando o homem se sente ameaçado no seu emprego ou na sua segurança torna-se presa fácil das ideias racistas.
A Europa está novamente a ser atingida por este flagelo, mesmo em países considerados tolerantes como a Holanda e a Itália, este fenómeno está a crescer de uma forma assustadora e apesar das leis aprovadas na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia  - que garante ao cidadão europeu, no seu artigo 21  (item 1), a proibição da discriminação por motivos de raça, cor ou origem étnica -, os partidos de extrema-direita racista estão a aumentar a sua influência em países como a Inglaterra, Holanda, França, Áustria, Hungria e agora a Grécia.

O partido grego do "Amanhecer Dourado", teve uma forte votação nas últimas eleições,  dia 6 de Maio, para a Assembleia Nacional. Notícias inquietantes chegam-nos deste país.
Em Patras, a terceira maior cidade da Grécia, após um confronto entre a polícia e um grupo de extrema-direita foram presos mais de 20 manifestantes e oito polícias ficaram feridos.