quarta-feira, 13 de julho de 2011

OU SABES OU TOPAS

“OU SABES OU TOPAS …..”



Apesar da adesão à Comunidade Europeia e apesar do choque tecnológico, nada a fazer, os portugueses não sabem colocar placas ou avisos para indicar as direcções ou informações escritas.
Todos nós já sofremos com este mal do país. Durante a minha campanha eleitoral para o cargo de Presidente da Ordem dos Médicos, tive de visitar o Hospital Eduardo Santos Silva, em Gaia.
Fui conduzido pelo meu mandatário para o Norte, o Professor Cassiano Lima que vive no Porto há pelo menos cinquenta anos. Gaia, como a maioria das terras portuguesas, estava em obras, bem-dito poder autárquico!
Ele guiou com todo o cuidado e seguiu as setas que indicavam o Hospital, aliás agrupamento hospitalar de nome Gaia/Espinho, que serve uma extensa e importante população. As setas levavam-nos, como é costume neste país, até uma rotunda toda esburacada, depois terminavam todas as indicações que nos iriam conduzir ao dito hospital.
Estávamos num sítio tão estranho que o meu condutor vivendo e trabalhando no Porto há tantos anos teve de perguntar o caminho a um transeunte.
Fui informado, na altura, que o Prof. Sobrinho Simões tinha já diagnosticado esta impossibilidade dos portugueses indicarem as direcções, está inscrita no nosso código genético.
Assim se queres ir a qualquer lado: ”ou sabes ou topas”. Foi o que nos aconteceu depois de algumas voltas dissemos em coro: “ Olhó Hospital de Gaia”, topámos.
Os estrangeiros que se lixem têm de perguntar, o que dava a vantagem aos nossos malandros que enviavam os marinheiros americanos, isto nos anos 50, para a Encarnação quando procuravam o Cais do Sodré e mais recentemente aos taxistas que conduzem os turistas às voltas pelas ruas de Lisboa.

Mas isto, não pára aqui mesmo com o choque informático de Sócrates a confusão continua.
Ontem pretendi saber onde fica a conservatória do registo predial, nada mais simples fui ao Google e foram-me aparecendo vários endereços mas todos com uma advertência a vermelho: “já não se encontra aqui”. Imaginem! Tive de telefonar a um amigo advogado para descobrir que se situava, agora, no Campus Justiça. Custava muito escrever ….


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