quarta-feira, 31 de outubro de 2012

FOTO DE ANTÓNIO SÉRGIO



Sérgio foi um dos grandes pensadores portugueses do século passado. As suas bandeiras de luta foram sempre, o movimento cooperativo e a educação cívica do povo. Toda a sua vida combateu o logro das corporações decretadas por Salazar, para fazer a paz entre patrões e trabalhadores.
A antologia sociológica, publicada em 1956 em edições de autor, contem os seus pensamentos.
Isto vem a propósito, de que uma das noticias mais censurados, este ano, nos Estados Unidos, detectada pelo Projecto Censurado da Universidade Sonoma State da California foi  a proclamação pela ONU, de 2012, Ano Internacional das Cooperativas.
Não me recordo, também, de ler algo parecido nos nossos jornais. Num momento de crise esta podia ser uma alternativa ao capitalismo financeiro.

Fala-se muito do regresso ao campo, como uma das soluções para a crise. Porém, o regresso ao trabalho da terra pelo lavrador, tem de ter a garantia, como disse  Sérgio, de quem "virá a lucrar com os seus maiores esforços ( com as maiores despesas e sacrifícios que faça) é bem ele próprio, lavrador explorado, e não as harpias de quem é vitima o intermediarismo gigante, o juro usurário, a renda excessiva, o arrendamento breve, o parasitismo das organizações dirigistas."
Por outro lado, as Nações Unidas, com este alerta, parecem interessadas em  travar o processo de destruição social, material e moral do modelo corporativo transnacional, que alastra em todo o planeta, chamando a atenção, para o esquecido sistema de cooperativas como a formula mais idónea de sair do subdesenvolvimento quer nos países pobres quer nas bolsas crescentes de pobreza existentes nos países desenvolvidos, em crise.

O Ano Internacional das Cooperativas, proclamada pela ONU, que manterão activas no Mundo quase um bilião de pessoas membros ou sócios de cooperativas. Segundo, as Nações Unidas, a cooperativa será om modelo de empresa de mais rápido crescimento do planeta em 2025 e assegura que as cooperativas de trabalhadores - proprietários prevêem uma distribuição equitativa da riqueza e uma conexão autentica ao local de trabalho, componentes chaves de uma economia sustentável. 

O pensamento de Sérgio, cooperativas de produtores/ cooperativas locais de crédito/ cooperativas de consumo, continua vivo e irá reforçar-se com esta iniciativa das Nações Unidas.

As cooperativas começaram em Inglaterra há mais de 150 anos e estenderam-se por todo o Mundo. Na Etiópia, mulheres e homens saem da pobreza unindo os seus esforços nas cooperativas, na Alemanha os cidadãos controlam metade das energias renováveis. As cooperativas nos USA possuem 93 milhões de membros proprietários que controlam activos de 920 biliões de dólares. No Japão, um sexto da população pertence a uma cooperativa de consumo. 
E em Portugal? Ver http:// www, confe,cop/web/#

Não temos dúvidas que o movimento cooperativo não interessa aos bancos e ao capitalismo financeiro, por isso noticias com estas devem ser censuradas.






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