segunda-feira, 18 de março de 2013

O NOVO PAPA



O novo Papa

Várias biografias de Francisco, soube agora que não se deve pôr I, circulam nos media, algumas delas nada abonatórias do seu carácter.
Uma das acusações, mais recorrentes foi de que colaborou com a ditadura argentina e chegou mesmo a denunciar padres da sua congregação, à polícia politica argentina. 
Um dos artigos, de Ernesto Carmona, El nuevo Papa colaboró com la dictadura militar argentina, começa assim:- “ Jorge Mario Bergoglio, antigo Arcebispo de Buenos Aires, jesuíta dedicado à docência durante muitos anos, nascido em Buenos Aires em 1936, denunciou aos serviços de inteligência da ditadura militar, chefiada por Jorge Rafael Videla (chefe do exercito) e Emilio Massera (chefe da marinha), os sacerdotes jesuítas Francisco Jalics, Orlando Yorio, Luís Dourrón e Enrique Rastellini.
Segue o documento fac-simile, retirado do livro “El Silêncio” de Horacio Verbitsky, e difundido nas redes sociais, pelo historiador chileno Sergio Grez.

Estas atitudes não me espantam, sabendo nós, como actuou a hierarquia da igreja católica portuguesa, salvo raríssimas excepções, durante a ditadura fascista e a guerra colonial.

Ao contrário da chilena os altos dignitários da igreja argentina não se distinguiram pela defesa dos direitos humanos durante a ditadura.

 As acusações ao Padre Francisco continuam pela voz, de Myriam Bregman, advogada de Patricia Walsh, filha do jornalista e escritor desaparecido Rodolfo Walsh, que exigiu ao tribunal que o citasse como testemunha, devido à denúncia feita pela catequista Maria Elena Funes que o acusou de facilitar o sequestro dos padres jesuítas Francisco Jalics e Orlando Yorio. 

Perante esta citação, Bergoglio utilizou as suas prerrogativas devidas à sua investidura negando-se a ir a tribunal, pelo que obrigou este a deslocar-se à Cúria em Buenos Aires.
O Papa actual defendeu-se negando as acusações, mas declarou que dois ou três dias depois do desaparecimento dos padres sabia que eles estavam na Escola de Mecânica da Armada, local onde os presos eram torturados. Coisa que ainda hoje, muitas Avós e Mães da Praça de Maio não sabem a respeito dos seus netos e filhos, apesar de toda a busca intensa realizada.
À pergunta, como soube? Respondeu que falou com Videla e Massera, mas muito tempo depois. Também reconheceu que quando os padres foram libertados lhe contaram que ainda tinha ficado muita gente sequestrada na ESMA, e este apesar de saber, não fez nada.
O que esta advogada recorda com mais pormenores foi, quando o interrogou sobre o roubo de bebés durante a ditadura, a cara de Bergoglio. Disse que só soube destes factos em 2000, quando toda a sociedade argentina e mundial, conhecia a procura das Avós da Praça de Maio desde 1983.
Com esta política do silêncio, utilizada por muitas cúpulas da Igreja Católica, não é de estranhar que sacerdotes como Christian Von Wernich, condenados por serem autores do genocídio, do plano de tortura e do extermínio da ditadura, não tenham sido excomungados e possam continuar a dar missa como qualquer outro padre. O mesmo sucedeu com o padre Grassi, condenado em 15 anos de prisão por pedofilia, e cuja expulsão a Igreja, comandada por Bergoglio seu confessor, não mexeu um dedo.

Outra pergunta me inquieta: Será Bergoglio para a América do Sul o que foi Karol Wojtyla para a Polónia e a Europa de Leste? Este, evidentemente, não enfrenta a ideologia comunista que o Papa polaco enfrentou, mas o denominado “populismo” dos países latino-americanos, provoca igual aversão nos centros do poder económico, assim como na hierarquia católica no Vaticano ganha pelo conservadorismo pós-concilio.

O nosso povo diz, com a sabedoria que lhe é peculiar, não há fumo sem fogo. Será que os cardeais reunidos no conclave para eleger o Papa desconheciam estas acusações ao Cardeal Bergoglio?
As primeiras notícias, transmitidas pelas televisões, dão-nos conta de um Papa simples, conservador e desprendido das riquezas terrenas. Assim seja!
Mas só o futuro nos esclarecerá, e como diz o Evangelho: “pelos seus frutos o conhecereis”

Para quem queira aprofundar estes factos consulte o site: http://informeurbano.com.ar/NUEVAS- REVELACIONES-SOBRE-EL-ROL-DE-BERGOGLIO-EN-LA-DICTADURA-/1561/










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