segunda-feira, 15 de abril de 2013

EXCESSO DE MÉDICOS?

Hospital de Santarém


A primeira página do jornal " O Mirante", semanário regional do Ribatejo, exibia o seguinte titulo, no dia 11/4/2013: - "URGÊNCIAS DO HOSPITAL DE SANTARÉM em ruptura por falta de profissionais" .
O texto afirmava:- "que médicos e enfermeiros são pouco para os serviços e que os médicos contratados a empresas muitas vezes não aparecem ou chegam já cansados do trabalho em outros hospitais". Segundo, um médico interrogado pelo jornal, o numero desejável de profissionais para formar uma equipa de urgência é de 12 médicos, para um volume de 300 atendimentos por dia. Actualmente as equipas médicas são constituídas por 8 médicos.
Os enfermeiros nas urgências chegam a realizar 2 turnos e andam estafados física e psicologicamente o que coloca em risco a segurança para os doentes.
Este panorama podia-se passar em qualquer outro hospital do país, não é caso único.
Estou aposentado há 3 anos e vejo com apreensão que o problema das urgências se agrava por falta de meios humanos e o ministério não dá solução.
Apesar disto, responsáveis continuam a afirmar que há médicos a mais, e as vagas existentes não são preenchidas. Pois é, enquanto congelamos ordenados e destruímos as carreiras profissionais, os jovens médicos portugueses emigram para a Inglaterra, França, Alemanha etc...em busca de melhores condições de vida. Muitos deles nunca regressarão.
Como afirma, na peça jornalística, a directora clínica do hospital tem de recorrer a empresas de fornecimento de médicos, agora pagos por 15 euros ilíquidos à hora ( em 2007, pagavam no mínimo 30 euros, consoante as especialidades, sendo os anestesistas os mais bem pagos). Contra este escândalo das empresas de fornecimento de médicos falaram que eu me lembre 2 ministros da saúde, o actual e o anterior, mas como se vê ainda nada foi feito.
Quanto aos enfermeiros ainda é mais gritante e todos estão de acordo que há falta destes profissionais, mas seguramente só com os que emigraram para o Reino Unido preenchiam-se as deficiências de várias unidades de saúde.
 Alerta: Todos estes profissionais estão em risco de adoecerem. O Síndrome de  Burnout aparece mais nestas profissões. A Medicina do Trabalho devia actuar nestes casos. O problema vai se agravar com o anuncio dos cortes de mais 20% nas horas extraordinárias.

Síndrome de burnout é um distúrbio psíquico de carácter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional".[1] WIKIPEDIA



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