domingo, 20 de dezembro de 2009

O MUNDO CÃO


MUNDO CÃO


A ETICA NA CIENCIA

A gripe A/H1N1 tinha obrigatoriamente que estar presente neste blog, ou ele não fosse escrito por um médico.

Não vou falar sobre a vacinação, ou as mutações do vírus, visto não ser especialista em saúde pública, infecciologia ou virologia. Os cibernautas têm sido bombardeados com as notícias da gripe A/ H1N1, muitas vezes contraditórias. Muitos de vós receberam certamente as afirmações alertando para os perigos das vacinas da gripe A e dos tratamentos pelos antivírus, veiculados, primeiro, por uma ex-ministra da Finlândia, que ao que dizem enlouqueceu e, depois, por uma médica-monja em clausura num Mosteiro perto de Barcelona, com a produção dum extenso vídeo de 50 minutos. O meu amigo, Prof. João Vasconcelos Costa, no seu site, http://jvcosta.planetaclix.pt/, deu-se ao trabalho de pesquisar na internet e descobrir que a monja era na realidade médica, mas não tinha nenhum doutoramento em saúde pública e poucos trabalhos científicos publicados.

Os media alarmaram, até ao limite, as populações de muitos países, anunciando a nova peste negra, quais cavaleiros do Apocalipse. Tudo começou na pequena vila mexicana, La Glória, com a infecção pelo vírus do pequeno Edgar Hernandez que assim saiu do anonimato e passeia-se hoje na Internet. Este pueblo mexicano do Estado de Vera Cruz é uma das zonas do mundo que concentra o maior número de porcos em criação concentrados em explorações na sua maioria pertencentes ao cidadão americano Smithfield. Por isso chamou-se no inicio, erradamente, gripe porcina.

O site http://voltairenet.org/ (réseau de presse non-alignée) tem merecido, ultimamente, a minha atenção.
 A 17 de Dezembro publicou um artigo assinado pelo jornalista americano F. William Engdahi, com o titulo OMS le “ pape de la grippe A “ accusé de corruption que passo a comentar.

Albert Osterhaus professor de virologia na universidade Erasmus de Roterdão na Holanda, principal conselheiro da OMS e da União Europeia sobre a estratégia a seguir face à pandemia da gripe A, mais conhecido pelo Dr. Flu, está a ser inquirido pelo Parlamento Holandês por conflitos de interesses e corrupção. Este senhor já tinha provocado todo o alarmismo da gripe das aves afirmando que a gripe era transmitida das aves para os humanos. A sua influência nos órgãos de decisão da OMS foi responsável pelos gastos dos ministérios de saúde europeus e o encaixe de 100 milhões de euros pela Roche.
Na investigação holandesa o "Dr. Gripe" é acusado também de ligações financeiras com outros grandes da indústria farmacêutica GlaxoSmithKline, Aventis e Baxter.

Este individuo está na origem dos alarmes lançados em todas as pseudo - pandemias virais, desde o virus responsável pelas  misteriosas mortes imputadas ao SRAS (sindroma respiratório agudo severo), até, à Gripe Aviária (H5N1), com a aparição dos primeiros casos em Hong Kong, onde a actual directora da OMS Margaret Chan começou a sua carreira como responsável da saúde pública do territorio.
Como todos sabem esta ultima pandemia nunca existiu e o pânico lançado provocou  a morte de muitas aves, com consequencias económicas graves.

O jornalista William Engdahi , neste artigo, acusa também outro consultor da OMS, o Dr. Frederick Hayden, especial estratega, que em Julho deste ano, propôs a vacinação de toda a população mundial com duas doses da vacina da gripe A/H1N1.

Hayden está acusado pela comissão parlamentar Holandesa de ter recebido dinheiro da Roche, RW Johnson, SmithKline Beecham e Glaxo Wellcome.

Muitos outros técnicos da OMS e até a própria directora, Drª Chang, são acusados de receberem dinheiro da Industria Farmacêutica.

No mundo global em que vivemos onde a ética desapareceu e o sucesso está ligado ao enriquecimento mesmo que seja ilícito, gente como esta aparece.

O jornalista levanta um problema, que merece reflexão: -“ Nestes últimos 10 anos, a OMS desenvolve as chamadas parcerias público/privadas, com o fim de aumentar os fundos postos à sua disposição. Mas, mais do que receber fundos provenientes unicamente dos governos dos países membros das Nações Unidas, como estava previsto no inicio, a OMS recebe actualmente da parte das empresas privadas cerca do dobro do orçamento habitualmente dado pela ONU sob a forma de bolsas e de ajudas financeiras” (trad- livre do francês)

Quem são as empresas privadas? Claro, os grandes laboratórios.

Aqui na nossa terra também se falou e fala muito das parcerias públicas/privadas para a saúde. Dá que pensar…

O que mais me espanta é que exceptuando os media holandeses ( e vamos estar com atenção para ver o que acontece a estes senhores), e alguns jornais russos, dinamarqueses e suecos houve apenas uma pequena noticia na prestigiada revista Science, na sua edição de 16 de Outubro de 2009, mais ninguém disse nada.

Por isso agradeço aos jornalistas independentes esta informação ao grande público.

Em Portugal tem sido o silêncio absoluto, apesar da noticia ser bombastica, os nossos media fizeram o seu papel colaborando no alarmismo e no pânico criado nas populações.

Directores de órgãos de informação e jornalistas são também acusados de receberem dinheiro para a divulgação das noticias da pandemia pela comissão de inquerito do parlamneto holandês.

As pessoas agora perguntam-se o que fazer?

Só poso ajudar citando o site médico, dos grupos Cochrane, uma organização de cientistas independentes, que analisam exaustivamente todos os estudos realizados, neste caso da gripe A, numa perspectiva da medicina baseada na evidência.

• A melhor defesa é as medidas de higiene, já sobejamente divulgadas

• Se estiver doente fique em casa, como faziam os nossos avós

• Os antivírais parecem reduzir a doença de 1 dia e devem ser dados nas primeiras 48 horas, para serem eficazes. Devem ser administrados em doentes susceptivéis de desenvolver problemas respiratórios e nunca utilizados como prevenção.

• A vacina é segura e deve ser administrada numa dose aos doentes de risco

1 comentário:

  1. O novo virus tem-se tem revelado menos deletério que o da gripe sazonal, ao menos aqui em Portugal e até à data estamos, relativamente a 2008, segundo os jornais, com um "défice" de uns 300 ou 400 mortos. Um drama para os grandiosos interesses da indústria farmacêutica. Drama nao porque salvaram-se da crise e registarão superlucros. Já várias vezes tinha tentado fazer umas "postas" sobre isto mas não tinha dados importantes como estes q aqui referes. Baseava-me no bom senso e na observação da realidade que continua a ser um bom "critério da verdade". Nos biliões (milhões de milhões, à europeia)de dólares envolvidos nesta burla em que não sei bem porquê as autoridades médicas não falam ou falam muito baixinho. Algumas "empocham" e fazem parte do problema.
    Já com a gripe das aves ficámos com um défice de uns 100 mil mortos em Portugal. Ao menos valham-nos estes défices!

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